Faz tanto tempo que não publico nada aqui e estou tão em dívida com todos que fazem desse espaço, um cantinho tão bonito e especial, que já começo pedindo desculpas.
Pessoas, sem querer me justificar e já fazendo isso, a vida tem me cobrado um ritmo acelerado demais e eu, ao invés de pedir pra diminuir, enfio mais ainda o pé. Coisa de louco? Pode ser, mas que é a minha cara, isso é. Não dá pra negar.
Mas vamos à reflexão do momento.
Existem épocas da vida que é melhor nos retirar. Esse está sendo um tempo assim. E essa retirada não tem nada a ver com desistência e sim com estratégia. Eu percebi que me virar pra dentro, meditar e me fortalecer seria o melhor que eu teria a fazer.
Ritmo acelerado X Meditação. Paradoxal? Pode parecer, mas pra mim faz todo sentido do mundo.
Eu explico... sou muito intensa e por mais que eu medite, busque melhorar isso ou tente me conter, a coisa sempre escapa e eu termino me perguntando se é isso mesmo que eu preciso modificar.
Minhas emoções funcionam à 250km/h e quando se trata de envolvimento afetivo, seja num relacionamento, seja num projeto, ou mesmo na tomada de uma decisão importante, os sentimentos e o jeito "Claudia de ser" passam na frente. Porém a maturidade, foi construindo em mim uma experiência e um feeling, que sinalizam quando a velocidade está assustadora demais, mas encontra um obstáculo e por isso precisa diminuir, desviar ou até parar pra não causar um acidente sem precedentes. E apesar de eu me perguntar se não seria mais fácil diminuir a velocidade de vez, nunca deixo de me admirar com a força desse feeling de freio.
Gente... eu concordo que tenho o costume de voar baixo na vida (e às vezes, nem tão baixo assim), mas em compensação desenvolvi um sistema de ABS fantástico.
Eu explico... sou muito intensa e por mais que eu medite, busque melhorar isso ou tente me conter, a coisa sempre escapa e eu termino me perguntando se é isso mesmo que eu preciso modificar.
Minhas emoções funcionam à 250km/h e quando se trata de envolvimento afetivo, seja num relacionamento, seja num projeto, ou mesmo na tomada de uma decisão importante, os sentimentos e o jeito "Claudia de ser" passam na frente. Porém a maturidade, foi construindo em mim uma experiência e um feeling, que sinalizam quando a velocidade está assustadora demais, mas encontra um obstáculo e por isso precisa diminuir, desviar ou até parar pra não causar um acidente sem precedentes. E apesar de eu me perguntar se não seria mais fácil diminuir a velocidade de vez, nunca deixo de me admirar com a força desse feeling de freio.
Gente... eu concordo que tenho o costume de voar baixo na vida (e às vezes, nem tão baixo assim), mas em compensação desenvolvi um sistema de ABS fantástico.
Antigamente, o coração corria solto e louco, passando por cima de todas as barreiras e impedimentos que pudessem aparecer e não tinha como detê-lo. Todos os acontecimentos eram justificáveis e se legitimavam em nome do amor e por ele. O que esse pobre sofreu, nem sei descrever. Minha mãe dizia: "Vc se entrega muito, minha filha, toma cuidado!"... e eu juro que queria escutá-la, mas o doido do coração tinha vida própria. Quando situações visivelmente tortas ocorriam, ele logo se adiantava em justificar de alguma maneira, que elas eram permitidas pelo amor. A diferença é que isso acontecia quando ambos, coração e a dona dele eram jovens e um pouco inconsequentes.
Atualmente, a maturidade dispara uma sirene mental que detecta problemas e aciona o ABS cada vez que o desenfreado do bichinho sai causando, e o que eu tenho notado, é que a cada experiência nova e aprendizado adquirido, o tempo pra tal sirene disparar a frenagem tem ficado mais curto. Assim, o coração easy rider até apronta, mas o alarme toca bem rapidinho.
Atualmente, a maturidade dispara uma sirene mental que detecta problemas e aciona o ABS cada vez que o desenfreado do bichinho sai causando, e o que eu tenho notado, é que a cada experiência nova e aprendizado adquirido, o tempo pra tal sirene disparar a frenagem tem ficado mais curto. Assim, o coração easy rider até apronta, mas o alarme toca bem rapidinho.
E a cada história, eu juro que nunca mais vai acontecer, mas pro meu azar ou sorte (como o coração errante gosta de sentir), sempre se repete.
E aí, ele vai seguindo, numa trajetória de remendos e histórias, tendo sofrido algumas decepções.
É meus queridos... ser portadora de um coração assim, é passar a vida se descobrindo numa eterna aventura, é aprender a viver com um constante frio na barriga... enfim, é punk!!
Mas como dizem que quando a gente tem um sentido imperfeito, com o tempo outros se super desenvolvem como forma de compensação, o lado bom da coisa é que com um coração desses - que eu chamo de deficiente afetivo - a intuição, o poder de observação e a percepção foram ficando ninjas. Assim, quando o maluco resolve se atirar, os outros se reúnem em missão de resgate. E por mais que o coração tenha força pra ser insensato - e ele tem uma força assustadora - a equipe de S.O.S., com paciência e cuidado, o traz de volta à realidade, presta os primeiros socorros e o devolve à trajetória da vida. (Entenderam agora a necessidade da meditação? rs).
Confesso que ele me cansa, me estressa, e que de vez em quando, eu perco a paciência com ele, mas também reconheço que no fundo, ele é boa gente. Inconsequente muitas vezes, e até meio azarado, mas muito boa gente. E é por essa razão que mesmo depois de tantas ousadias juntos, nós sejamos tão parceiros, cúmplices e nos entendamos tão bem.
Eu posso estar mais desconfiada, a intuição (mesmo esperando pra ver até onde a gente vai chegar) pode gritar por atenção, cuidado e freio, mas ele nunca deixará de acreditar.
Independente de qualquer coisa, tenho que admitir que peço a Deus e ao Universo pra não ter transmitido essa herança aos meus filhos e que esse defeito morra comigo. Porque sofrer tudo de novo, com qualquer um deles, ou ensiná-los a ter a força que eu adquiri no decorrer do tempo e das experiências, será muito mais dolorido.
Ter um coração boa gente, mas pirado, depois que a gente aprende a conviver com ele e até a admirá-lo, é tudo de bom pra mim... agora, pensar que meus filhos podem vir a passar pela metade das coisas que aconteceram comigo, me deixa apavorada.
E aí, ele vai seguindo, numa trajetória de remendos e histórias, tendo sofrido algumas decepções.
É meus queridos... ser portadora de um coração assim, é passar a vida se descobrindo numa eterna aventura, é aprender a viver com um constante frio na barriga... enfim, é punk!!
Mas como dizem que quando a gente tem um sentido imperfeito, com o tempo outros se super desenvolvem como forma de compensação, o lado bom da coisa é que com um coração desses - que eu chamo de deficiente afetivo - a intuição, o poder de observação e a percepção foram ficando ninjas. Assim, quando o maluco resolve se atirar, os outros se reúnem em missão de resgate. E por mais que o coração tenha força pra ser insensato - e ele tem uma força assustadora - a equipe de S.O.S., com paciência e cuidado, o traz de volta à realidade, presta os primeiros socorros e o devolve à trajetória da vida. (Entenderam agora a necessidade da meditação? rs).
Confesso que ele me cansa, me estressa, e que de vez em quando, eu perco a paciência com ele, mas também reconheço que no fundo, ele é boa gente. Inconsequente muitas vezes, e até meio azarado, mas muito boa gente. E é por essa razão que mesmo depois de tantas ousadias juntos, nós sejamos tão parceiros, cúmplices e nos entendamos tão bem.
Eu posso estar mais desconfiada, a intuição (mesmo esperando pra ver até onde a gente vai chegar) pode gritar por atenção, cuidado e freio, mas ele nunca deixará de acreditar.
Independente de qualquer coisa, tenho que admitir que peço a Deus e ao Universo pra não ter transmitido essa herança aos meus filhos e que esse defeito morra comigo. Porque sofrer tudo de novo, com qualquer um deles, ou ensiná-los a ter a força que eu adquiri no decorrer do tempo e das experiências, será muito mais dolorido.
Ter um coração boa gente, mas pirado, depois que a gente aprende a conviver com ele e até a admirá-lo, é tudo de bom pra mim... agora, pensar que meus filhos podem vir a passar pela metade das coisas que aconteceram comigo, me deixa apavorada.